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Mostrando postagens de julho, 2005

Pombos

Pontos, que, como pombos, vão e vêem enlouquecer-me Vozes que ouço no dia a dia, ecoam e me perseguem Impedindo-me de ouvir o meu próprio eu E de certo modo, matando-me lentamente Até a própria lua, que dantes me acompanhava Deixou-me só, em uma noite onde as trevas dominam Trevas que procuram tragar-me, retirar minha única alegria A última gota de consciência que me impede de passar Passar a barreira da loucura, à qual estou frente-a-frente E, depois de todas as reflexões que minh’alma refletiu Posso apenas concluir; "Deus tenha piedade de mim!" Diego Veríssimo