Nesta Primavera cultivarei um jardim de mortos pra que num canteiro brotem amigos fiéis.
Nesta Primavera tudo será tão lindo o Sol dará vida aos meu mortos e o Tempo enxugará as lágrimas dos meus olhos.
E o Tempo passava e os meus mortos nasciam incompletos, imperfeitos, incompetentes e, como eu não esperava, infiéis.
Todo o tempo que durou durou também minha tristeza meu ódio, meu sofrimento meu caso em óbito.
Não planto mais um mar de rosas
no meu jardim, nunca mais.
Desta semente infiel que eu cultivei até o fim no final também virou história sem fim no final também virou história de mim.
Até mais...