Apocalipse Alcoólico

Eu não sirvo pra ser bêbado sozinho
Pois não solidifico meus pensamentos
Passeio longe com planos sem fim
Mirabolantes, surreais, tendenciosos
Mas uma poça tão rasa e superficial
Que serpente serpenteia, baratas barateiam

Desfazendo de pessoas que julgo descartáveis
Mentalmente, sem a coragem da realidade
Escondido atrás de uma tela vazia
Onde todos tem defeitos

Mas esqueço de olhar para o espelho
E ver que ali tem uma outra pessoa
Com tantos defeitos e preconceitos
Que não aceita nem sua própria imagem
Um ser vazio, desprovido de vontade
Consumidor da imagem misantropa

Queimando a cada gole como um veneno
Para matar um monstro que habita as entranhas
Mas a morada é mais funda
É na alma, totalmente desfalecida

Sem forças até de pedir por socorro
Por uma fuga que nem tenho coragem de encarar
Mas ainda eme resta mais alguns goles
E então vou me retirar para meu sono
Onde depois acordo e tudo continua
Na mesma e desgraçada rotina.

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